terça-feira, 21 de março de 2017

ANNA GUERRA - PAUL KLEE E O EXPRESSIONISMO



“Anna traz da Cultura Popular Nordestina não somente a Inspiração, mas também - (tão bem!) uma nova ferramenta de olhar. Pássaros ou Peixes das lagoas de Porto das Galinhas, Lampiões de Maracatu, Bonecas das Feiras....Tudo isso ou nada disso, Paul Klee emerge - como lição de Olhar e Ver. Nada de friezas nórdicas ou helvéticas, Pulsações...” (Adão Pinheiro).

Anna GUERRA só pinta aquilo que lhe toca a alma e essa é uma forma de garantir emoção no conteúdo da tela. "Mais do que o próprio desenho que tece e conclui a substância formal da imagem, nos seus quadros deve- se relevar a natureza vibrante de seu cromatismo e sua precisa medida de timbre. A cor, portanto, não é um aparato determinado pela emoção interior, mas sobretudo, uma conotação da dimensão humana e da natureza nordestina da pintura." Temos que acatar a sua paixão pelo Nordeste como um privilégio de nossa parte. E usufruir do talento com que somos brindados por essa mulher que tem nos pincéis uma arma poderosa em defesa de nossa terra e nossa gente.
As cores são sempre harmoniosas e predominam os tons pastéis e formas bem definidas mas isso pode mudar de acordo com o momento de vida. E há um recado e uma idéia em cada quadro, que ela tenta transmitir com figuras simbólicas como mulatas de cabelos vermelhos. A vontade é mostrar a força da mulher nordestina, sua determinação e garra, a luta com um mundo nem sempre hospitaleiro e muitas vezes claramente hostil. Anna se envolve com esses personagens e transmite para eles a sua personalidade combativa e determinada. A ausência de olhos em alguns quadros representa uma valorização das emoções que chegam de dentro. O importante é a força interior. 

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