segunda-feira, 21 de março de 2011

Espaco Galeria 3058A abre temporada 2011 com Aldemir Martins em Mundo mágico das cores curadoria de Anna Guerra

Aldemir Martins em Mundo mágico das Cores,
curadoria de Anna Guerra

As cores de Aldemir Martins (1922-2006) constituem o ingresso num mundo pictórico e poético mágico, no qual gatos, paisagens repletas de vida, atraentes marinhas, enigmáticos cangaceiros, pessoas, naturezas-mortas, animais poeticamente recriados e galos transportam o observador a uma nova realidade.
            O universo visual do artista permite justamente novas leituras pela capacidade de sempre nos oferecer uma nova porta de acesso. Há uma constante renovação e, em cada imagem, a oportunidade de conhecer um mundo rico em cores e traços diferenciados, próprio de um artista que nasceu no Nordeste do Brasil e construiu seu destino de modo a ganhar visibilidade internacional.
As paisagens apresentadas remetem ao Nordeste, mas, acima de tudo, mostram a habilidade no trabalho com tons de azul e amarelo, na criação de atmosferas idílicas e vigorosas. O mesmo ocorre com as marinhas, que atingem um estado de intensa luminosidade e de alegria, convidando o fruidor a participar com encantamento dessas imagens.
Talvez a melhor definição de Aldemir seja a que ele mesmo deu do seu processo criativo: “Na pintura, sou eu, a tinta, o pincel e a tela em um trabalho que divido em duas etapas básicas: o trabalho intelectual e o braçal. Um se refere à elaboração de idéias; e o outro, à concretização do que foi concebido na imaginação. Neste processo, a criação torna o homem semelhante a Deus.”

Oscar D’Ambrosio é jornalista, mestre em Artes pelo Instituto de Artes da Unesp e co-autor de Contando a arte de Aldemir Martins (Editora Noovha América).


Apoio Brazil Gallery e Juliana Gevaerd

Aldemir Martins (Ingazeira8 de novembro de 1922 — São Paulo6 de fevereiro de 2006), foi um artista plástico brasileiro,ilustradorpintor e escultor autodidata, de grande renome e fama no país e exterior.
No Ceará, participou do Grupo Artys e da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP), cuja atividade estava voltada para a renovação modernista no estado, juntamente com Antônio BandeiraInimá de PaulaMário BarataBarbosa LeiteJoão SiqueiraLuís DelfinoRaimundo Campos e Zenon Barreto entre outros. Em 1946, mudou-se para São Paulo.
Sempre se dedicou a temas relativos ao nordeste brasileiro que, em geral, foi tratado de maneira estilizada e lírica. Em 1950, fez o curso de gravuras do Museu de Arte de São Paulo. Também nessa época sua produção retratava o nordeste, porém de forma severa e dramática.

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