quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Exposição Pedro Pinto



“SANTA TEIA”
O Espaço Galeria 3058A promove exposição de Pedro Vicente Alves Pinto. A mostra, batizada “Santa Teia” com a curadoria da também artista pernambucana Anna Guerra, é uma síntese bem estruturada dos trabalhos do autor em período recente e por suas andanças pelo planeta em sintonia com as suas convicções, aflições e amores pelo humano. Os trabalhos reunidos nesta exposição incluem pinturas, desenhos e recortes que tem em comum uma abordagem musical da imagem estática, e que expressam, através da geometria, da composição e da releitura de símbolos ancestrais e do universo pop, uma síntese da noção da rede de interdependência entre todas as coisas.
Pedro, 42, nasceu em São Paulo. Filho de Cecília e Zélio, irmão de Nando e Ana. Pai de Theo e Davi. É dramaturgo e artista visual. No teatro estreou com o texto Banheiro no ano de1996 e a obra foi apontada como um retrato genuíno da geração urbanóide paulistana dos anos 90. Depois vieram textos que mesclam transcendência, humor negro e crítica ao comportamento urbano, entre eles o Disk Ofensa- Linha Vermelha, indicado ao Premio Shell do ano de1999 e a peça Sem Memória, apresentada em ciclo de dramaturgia brasileira no Royal Court Theatre de Londres em 2003. Também roteirista, desenvolveu trabalhos para a TV Cultura e Nickelodeon em 2007, e no cinema roteirizou o filme Poeta da Vila, sobre a vida do compositor Noel Rosa, de Ricardo Van Steen.
Em 2009, Pedro Vicente expôs seus trabalhos na Weekend Gallery, em Berlim, na Alemanha onde também participou em Frankfurt de exposição coletiva promovida pelo projeto Panorama Brasil em Movimento, que em Novembro do mesmo ano leva os trabalhos do artista para nova exposição coletiva em Lisboa, Portugal, e em 2010 novamente para a Alemanha, para uma série de exposições coletivas em quatro cidades daquele país.
“Sou um mutante, literalmente, pois nasci sem os pré caninos. Segundo os dentistas, é uma tendência da raça humana. No futuro, todos nascerão sem os pré caninos. Sou oblíquo porque não sigo o menor caminho, o caminho em linha reta, meu caminho não é direito nem reto, e se desvia tanto do paralelismo quanto da perpendicularidade. Com o tempo, me dediquei a garimpar a harmonia possível nessa tendência à tortuosidade. O que pretendo é mostrar um pouco desta habilidade.” Declara o artista em seu blog “mutanteobliquo.blogspot.com”. A marca de Pedro, em qualquer das áreas que permeie, são as intervenções urbanas cuja proposta é, unir a dramaturgia e as artes visuais em busca de uma arte guerrilheira como defende, e, que esteja a serviço das transformações do ser humano e escancarando a Multiculturalidade das transformações através das suas próprias Multidisciplinaridades.

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