“Anna traz da Cultura Popular Nordestina não somente
a Inspiração, mas também - (tão bem!) uma nova
ferramenta de olhar. Pássaros ou Peixes das lagoas de
Porto das Galinhas, Lampiões de Maracatu, Bonecas
das Feiras....Tudo isso ou nada disso, Paul Klee
emerge - como lição de Olhar e Ver. Nada de friezas
nórdicas ou helvéticas, Pulsações...” (Adão Pinheiro).
Anna GUERRA só pinta aquilo que lhe toca a alma e essa é uma
forma de garantir emoção no conteúdo da tela. "Mais
do que o próprio desenho que tece e conclui a
substância formal da imagem, nos seus quadros deve-
se relevar a natureza vibrante de seu cromatismo e sua
precisa medida de timbre. A cor, portanto, não é um
aparato determinado pela emoção interior, mas
sobretudo, uma conotação da dimensão humana e da
natureza nordestina da pintura." Temos que acatar a
sua paixão pelo Nordeste como um privilégio de nossa
parte. E usufruir do talento com que somos brindados
por essa mulher que tem nos pincéis uma arma
poderosa em defesa de nossa terra e nossa gente.
As cores são sempre harmoniosas e predominam os
tons pastéis e formas bem definidas mas isso pode
mudar de acordo com o momento de vida. E há um
recado e uma idéia em cada quadro, que ela tenta
transmitir com figuras simbólicas como mulatas de
cabelos vermelhos. A vontade é mostrar a força da
mulher nordestina, sua determinação e garra, a luta
com um mundo nem sempre hospitaleiro e muitas
vezes claramente hostil. Anna se envolve com esses
personagens e transmite para eles a sua
personalidade combativa e determinada. A ausência
de olhos em alguns quadros representa uma
valorização das emoções que chegam de dentro. O
importante é a força interior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário